Sermão do Salmo 1 – Esboço de Pregação

Esboço de pregação do Salmo 1. Em primeiro lugar, podemos dizer que este Salmo pode ser considerado como o Salmo de prefácio. Nele temos uma notificação do conteúdo de todo o Livro.

É o desejo dos salmistas ensinar-nos o caminho da benção e nos avisar da destruição certa dos pecadores. Esta é, portanto, a questão do primeiro Salmo. Este Salmo pode ser considerado, em alguns aspectos, como o texto sobre o qual todo o Salmo compõe um sermão divino.

O Salmo 1 consiste em duas partes. Na primeira parte, Davi estabelece onde a felicidade e a bem-aventurança de um homem piedoso repousam. Ele também fala sobre quais são seus exercícios e quais as bênçãos que ele receberá do Senhor. A primeira parte consiste do versículo 1 até o final do versículo 3.

Leia também: estudo bíblico sobre Davi.

Na segunda parte, o salmista Davi contrasta o estado e o caráter do ímpio. Ele revela o futuro e descreve, em linguagem falante, sua desgraça final. Essa segunda parte começa no versículo 4 e se estende até o versículo 6, o final do Salmo 1.

Esboço de pregação do Salmo 1:1-3

Abençoado com felicidade é o homem que não segue o conselho dos ímpios, não se deixa influenciar pela conduta dos pecadores, nem se assenta na reunião dos zombadores.
Ao contrário: sua plena satisfação está na lei do SENHOR, e na sua lei medita, dia e noite!
Ele é como a árvore plantada à margem de águas correntes: dá fruto no tempo apropriado e suas folhas não murcham; tudo quanto realiza prospera!Salmo 1:1-3

O versículo 1 pode fornecer uma excelente reflexão sobre a pureza do cristão ou a bem-aventurança dos justos. Sob esse aspecto podemos falar do crente como um bem-aventurado. Ele é bem aventurado:

  • Por Deus.
  • Em Cristo.
  • Com todas as bênçãos.
  • Em todas as circunstâncias.
  • Através do tempo e da eternidade.
  • Ao mais alto grau.

O versículo 1 ainda ensina a um homem piedoso a ter cuidado sobre: (1) as opiniões, (2) a vida prática, e (3) e a associação de homens ímpios. A meditação sobre a Palavra de Deus nos ajudará a manter-se distante desses três males. Por fim, esse versículo ainda mostra a grande diferença entre os justos e os perversos.

O versículo 2 destaca a Palavra de Deus na vida do justo. O crente tem prazer na lei do Senhor. Ele medida nela dia e noite, e busca seu conhecimento. Mas o que se entende por “a lei do Senhor”? A lei do Senhor é sua Palavra.

O versículo 3 fala sobre a árvore frutífera. O salmista explica onde ela cresce, o que ela produz e como ela se mantém. A árvore frutífera é plantada junto aos rios de águas.

A vida cristã é como uma árvore plantada. Ela é sustentada pelos ribeiros da Palavra de Deus, e produz os bons frutos que dela se esperam (Gálatas 5:22,23).

Ser como uma árvore plantada junto a ribeiros de águas significa ter a verdadeira prosperidade. Significa produzir paciência na aflição, gratidão na bonança, zelo diante das circunstâncias etc. Também significa que suas folhas nunca secarão.

Esboço de pregação do Salmo 1:4-6

Não é o que ocorre com os ímpios! Ao contrário: são como a palha que o vento carrega.
Por isso os ímpios não sobreviverão ao Julgamento, nem os pecadores na congregação dos justos.
Pois conhecer o SENHOR é o caminho dos justos; o caminho dos ímpios, porém, conduz à destruição.Salmo 1:4-6

O versículo 4 introduz o contraste entre o justo e o ímpio. Enquanto o justo é como uma árvore frutífera plantada junto a ribeiros, o ímpio é como a palha que o vento carrega. Note:

  • A palha é seca.
  • A palha é morta.
  • A palha não possui raízes. Ela é levada pelo vento.

O versículo 5 mostra que o fim da palha não é o mesmo da árvore frutífera, assim como o fim do ímpio não é o mesmo do justo. Os ímpios não subsistirão ao juízo divino. Eles serão:

  • Condenados no julgamento de Deus.
  • Separados dos santos.
  • Não permanecerão na congregação dos justos. A “congregação dos justos” é a “assembleia dos primogênitos”, isto é, a Igreja (cf. Hebreus 12:22,23).

O versículo 6 termina com um encorajamento para o povo experimentado de Deus. O Senhor conhece o caminho do justo e o caminho do ímpio. O resultado do caminho do justo é, pela graça e o amor infinito de Deus, a libertação, a aceitação, a preservação e, finalmente, a glorificação. Mas o resultado do caminho do ímpio que envolve seu falso prazer, orgulho, incredulidade, procrastinação, engano etc., o leva ao tormento eterno.

  • Fonte e autor: Salmo 1 traduzido e adaptado de The Treasury of David (O Tesouro de Davi), por C. H. Spurgeon.
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